O Skol Tropical Beats, evento que reuniu em Salvador Israel Vibration, Don Carlos e Fully Fullwood Band, além de outros grandes nomes da música nacional, não conseguiu satisfazer completamente o público presente. Além da chuva fortíssima que caiu na noite do evento, as principais atrações tiveram seus shows reduzidos a uma média de 40 a 50 minutos cada, deixando grande parte do público revoltado. Os motivos ainda são desconhecidos, mas as atrações locais tiveram um show com duração bem superior ao das internacionais aguardadas por todos.
As apresentações começaram com a Fully Fullwood Band, com seu tributo a Peter Tosh. Com maestria e demonstrando muito entrosamento, a banda tocou de “Coming in Hot” a “Equal Rights”, grandes sucessos de Tosh. O público era muito pequeno no momento e corria da chuva, tendo deixado o enorme estádio de Pituaçu semi-vazio. Dando um ar de que algo estava dando errado, o grupo deixou o palco sem se despedir da platéia, num show que durou em torno de 30 minutos.
Esquecendo os problemas, Don Carlos, com todo o seu carisma, subiu ao palco e roubou a cena. Acompanhado da banda DUB Vision, que tocou magnificamente os sucessos “Hog and Goat”, “Just a Passing Glance”, “Frontline”, entre outros, Don levou o público de Salvador ao delírio. Durante a apresentação, o artista autografou diversos quadros, camisetas, encarte de cds, e tudo que era jogado para ele no palco, sempre sorrindo e retribuindo o carinho do público.
Também com uma performace de curta duração, Don Carlos se despediu tendo agradado muito a platéia, deixando a esperança que seu próximo show seja em breve e que desta vez seja mais completo.
A chuva não cessava, e as arquibancadas cobertas do Estádio de Pituaçu foram o refúgio do público durante grande parte da apresentação da banda Adão Negro, que foi a próxima da seqüência, tendo feito um show bem animado e já bem conhecido do público, porém sem muitas novidades. O público já cansado aguardava Israel Vibration & Roots Radics, que iriam fechar o evento, mostrando mais uma vez que o cronograma do evento foi todo alterado de última hora.
Após Adão Negro, a Tribo de Jah mostrou porque é a banda de Reggae Brasileira mais respeitada no país e no exterior. Fauzy, vocalista da Tribo, comandou o show com muita vibração positiva, cantando músicas românticas e fazendo diversas críticas em relação à atual situação do país. Dentre as atrações nacionais, a Tribo foi a que mais agitou e agradou o público, que fez coro durante toda a apresentação.
A programação confusa do evento, que tinha anunciado a ordem das atrações totalmente diferente do que realmente se deu, trouxe Edson Gomes para dar continuidade à noite do Reggae. Edson fez o mesmo show dos últimos eventos em que participou: bom, mas também sem novidades. Depois de uma longa espera, o público pôde finalmente prestigiar pela segunda vez na Bahia, Israel Vibration.
Acompanhados pela Roots Radics, Wiss e Skelly fizeram um show altamente vibrante e curto. Músicas como “Get up and go”, “Greedy Dog”, “Same Song”, “Licks and kicks” e “Ball of fire” deixaram o público em êxtase durante a apresentação “meteórica” da banda no Skol Tropical Beats. Skelly entrou no palco com uma bandeira da Bahia amarrada na cabeça, enquanto Wiss segurava a bandeira Brasileira. Os artistas deram um verdadeiro show de afinidade com o público baiano, com o qual interagiram durante toda a apresentação. Infelizmente o show foi tão reduzido que nem houve tempo para cantar músicas do novo álbum “Fighting Soldiers”, tendo deixado a maioria com “gosto de quero mais”.
O Skol Tropical Beats, que tinha tudo para ser o maior evento de Reggae já realizado na Bahia, não conseguiu saciar completamente o público que agora irá aguardar pela sua próxima edição com pensamento positivo, para que tudo dê certo na próxima vez.
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Fonte: Equipe Surforeggae
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