19/06/2012
A moda passa mas a essência fica!
 
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É notório que o Reggae no Brasil está em ascensão e que o ritmo por um bom tempo tem chamado a atenção das mais diversas camadas da sociedade e principalmente da mídia de massa, como a televisão, rádios, jornais e revistas de grande circulação nacional. Com toda essa promoção feita pelos meios de comunicação, o natural é que curiosos, ou até pessoas que já tinham uma mínima afinidade pelo assunto, passem a se interessar cada vez mais, o que em primeira instância cria uma sensação parecida com o surgimento de uma nova moda.

Apesar da grande maioria das pessoas envolvidas com o ritmo serem contra a existência de grupos ou de artistas que se aproveitam dessa onda, é inegável que momentos como esse auxiliam a disseminação dos autênticos ideais e da essência que o Reggae procura passar, já que os verdadeiros interessados sempre vão além do que lhes é "empurrado" pela mídia. Nesse cenário em que o dinheiro mantém vivos também os artistas da velha guarda, um problema tem surgido afetando a essência e ameaçado o acontecimento de eventos de grande porte com artistas até reconhecidos internacionalmente, e que vem de carreiras que chegam até aos mais de 30 anos.

Para não arriscar o seu dinheiro e as suas carreiras como empresários (o que não deixa de estar certo), criou-se no Brasil uma tradição de misturar grandes atrações internacionais como The Gladiators, Alpha Blondy, Israel Vibration, Culture, Don Carlos, U-Roy, Burning Spear, dentre outros, com alguns artistas brasileiros (salve exceções claro) que estão apenas em evidência na mídia, mas que passam longe dos ideais do Reggae e que desagradam o público que está mais ligado às tradições do ritmo do Jah. Este público acaba deixando de ver seus "artistas de cabeceira" somente pela presença dos "tais grupos de moda".

Isso é um problema latente, e cada vez mais tem sido percebida a ausência dos originais apreciadores do ritmo que por tanto tempo foi discriminado no país, e logo agora em sua ascensão tem estado desamparado pelos que antes hasteavam a sua bandeira. Como pode ser visto, a mídia que constrói, também pode destruir. Com o tempo, assim como já aconteceu com tantos outros ritmos musicais no país, a moda vai passar, e a essência irá ficar, mas cabe aos verdadeiros incentivadores do Reggae não deixar que essa essência suma aos poucos como vem acontecendo nesse momento.

Apesar dessa falta de apoio por uma parte do público em si, muitos grupos estão mantendo a chama acesa em cada estado e região do país, já que sempre é possível ouvir falar de organizações ou pessoas que promovem reuniões para discutir as origens do reggae, bem como mostrar aos que estão ingressando nesse mundo qual é a verdade por trás de tudo que existe. Portanto, se você realmente se importa com a evolução do Reggae no Brasil, e mais do que nunca quer manter a chama acesa, apoie os artistas seja indo aos shows, adquirindo os álbums ou divulgando aos seus amigos, pois acredite! Viver de Reggae no Brasil não é nada fácil.


Fonte: Rafael Surforeggae





'Modismo'


O reggae em São Paulo. Uns dizem ser modismo passageiro!






 
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