Desde o boom da década de 90, a venda de CDs vem caindo sem parar e o MP3, ganhando força, principalmente devido à popularização dos tocadores portáteis. Com esse quadro, não é difícil concluir que o vinil seja um formato definitivamente morto, certo? Errado. Os velhos bolachões tiveram crescimento de 80% em vendas no último trimestre no Reino Unido. Os dados são do BPI, a associação que representa as gravadoras britânicas. Segundo o órgão, os vinis de sete polegadas atigiram o número de 800 mil unidades vendidas no último trimestre no país. Para os que suspeitam de ser algo localizado, os Estados Unidos registraram a venda de 1,2 milhões desses discos no ano passado.
Não são números assombrosos, capazes de saciar a sede das gravadoras. Contudo, mostram que o formato, que nos últimos anos esteve ligado exclusivamente ao segmento de DJs e colecionadores, ainda tem algum potencial comercial. Quem aposta nessa tendência é a banda ingle sa The Clientele, que resolveu recuperar o glamour do vinil e combiná-lo à praticidade dos arquivos musicais compactados. O último álbum é oferecido aos ingleses no formato LP mas com um cupom que dá direito ao download do disco sem a necessidade de pagamento extra. Um versão em CD também é oferecida.
No final, quem ganha são os fãs da banda, que podem contar com praticidade da música digital sem abrir mão de um dos formatos tradicionais. Os ingleses finalmente se renderam à música digital. Enquanto em 2004 o total de downloads pagos por faixas musicais totalizou 5,4 milhões, esse ano, até agora, o número já chegou a 16,9 milhões. Desde quando o formato foi lançado, o país acumula cerca de 25 milhões de compras online de canções. Se o vinil cresce a passos curtos, o CD despenca arrastando ladeira abaixo as vendas dos formatos físicos, uma queda de 21,8 % no último trimestre na Inglaterra.
Fonte: Redação
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